Reconhecendo e Induzindo Visuais, Auditivos e Sinestésicos

Sempre que pretendemos analisar  qualquer pessoa o primeiro passo é conseguir identificar a qual grupo ela pertence: visual, auditivo ou sinestésico. Com posse dessa informação, basta direcionarmos nossas para as características dele. Então, entenda como aplicar isso na prática.

As pessoas que fazem parte do grupo visual possuem maior aptidão para captar as informações a partir daquilo que enxergam, ou seja, seus olhos não trabalham apenas como instrumento de localização, mas também como esponjas que absorvem informações. Ao prestarmos atenção, percebemos que os homens encaixam-se perfeitamente nesse grupo e que, por isso, são maioria dentro dele. A prova disso é que, constantemente, acabam se traindo pelos seus desejos visuais, engordando em frente à televisão, comprando os mais belos carros ao invés dos mais eficientes e enchendo os olhos para alcançar a sensação de felicidade.
Outra prova disso é o fato de que, normalmente, o homem procura mulheres bonitas para se saciar sexualmente, dando preferência para seios fartos, cintura fina, bumbum redondinho, coxas grossas e barriga da perna bem torneada. Sem problemas, se a mulher não tiver nada dentro da cabeça, pois, no final, o que vale é o que pode ser visto. Ao ir a um evento, um homem visual pode tranquilamente ir de jeans e chinelo, desde que sua acompanhante esteja linda, já que o que vale para ele é que os outros vejam como ele está bem acompanhado.
Tratando-se de neurolinguística, para a indução a esse grupo de pessoas, podemos utilizar termos do tipo: “está claro para você?”, “podes me mostrar uma solução para o problema?” ou “vejo grandes possibilidades para o futuro!”, sempre fazendo referências visuais. Por se tratarem de uma boa fatia do mercado, as empresas de marketing fazem apostas em propagandas bem coloridas, com produtos chamativos, principalmente através de fotos, revistas, televisão, outdoor, entre outros.


 As pessoas que fazem parte do grupo auditivo possuem maior aptidão para captar as informações a partir daquilo que escutam, ou seja, conseguem armazenar com maior capacidade as informações que lhe são enviadas a partir de sons, sejam eles verbais, musicais ou de qualquer outro tipo.
Um exemplo de pessoas desse grupo, são aquelas que após ouvirem uma música pela primeira vez já saem cantando. Em sala de aula, geralmente, têm bom aproveitamento apenas prestando atenção na explicação do professor, mesmo que não anotem nada em seu caderno. A melhor forma de captar sua atenção é lhe dando explicações claras e diretas, fazendo bom uso da dicção, não alta nem baixa, não lenta nem rápida e procurando falar na mesma linguagem de sua “tribo”.
Tratando-se de neurolinguística, para a indução a esse grupo de pessoas que, em especial deve ser muito bem utilizado, por ser mais eficaz do que em qualquer outro, podemos utilizar termos do tipo “isso me soa pertinente”, “ouvimos dizer que assim é o correto” ou “você escutou o que lhe foi explicado?”.


O último grupo representa o maior entre os três e é formado em sua maioria por mulheres.  As pessoas que fazem parte do grupo sinestésico possuem maior aptidão para captar as informações a partir daquilo que sentem, sejam emoções internas como alegria, piedade, amor, entre outros, ou externas, como tato ou paladar. Assim, as pessoas desse grupo necessitam de algum tipo de contato físico ou sentimental para comprar uma ideia, por exemplo: ao comprar um carro, uma pessoa visual poderia fazê-lo apenas olhando e analisando sua lataria e peças, a pessoa auditiva o faria escutando o ronco do motor ou apenas com a lábia do vendedor, já com a sinestésica, deve haver um algo a mais, sendo preciso fazê-la entrar no carro, sentir como ele é confortável, pegar no volante, se imaginar em alguma situação especial passeando com ele e, em muitos casos, ainda será preciso levá-la para dar uma volta fazendo um test drive.
Com grandes dificuldades de controlar seus impulsos, os sinestésicos sentem uma grande necessidade de tocar as pessoas com quem conversam, tocar os objetos que pretendem comprar e precisam receber elogios para se sentirem bem e motivados a executar algo.
Caso você seja vendedor de roupas, cuide bem como está tratando aquelas pessoas que experimentam várias peças até se decidir por uma e cuide, principalmente, quando for dar um elogio, porque se perceberem que o elogio é falso, daqueles que se dá apenas para não perder a venda, elas se sentirão magoadas e desconfiadas e, com isso, acabarão por não comprar de você.
Outro caso é o daquelas pessoas que não conseguem comprar nada pela internet, bem diferente dos visuais, porque não podem pegar o produto e conferi-lo com as próprias mãos.
Esse grupo é daqueles que “olham as coisas com as mãos”, por isso, em uma abordagem de venda, faça com que o sinestésico pegue no objeto, para o qual deseja que ele volte suas atenções.
Tratando-se de neurolinguística, para a indução a esse grupo de pessoas, podemos utilizar termos do tipo “pegou a ideia?”, “sinta-se em casa!” ou “imagine que...”.



Homens visuais, como visto anteriormente, procuram companheiras com certos padrões de beleza. Já as mulheres pertencentes ao grupo sinestésico podem, tranquilamente, se relacionar com homens fora dos padrões de beleza, pois, para elas, o que importa é o sentimento que esses homens vão lhe passar durante o momento em que estiverem juntos. Atentando aí, para a importância do cavalheirismo, dizer as palavras certas nos momentos certos, fazer a mulher dar risadas para que se sinta feliz ao seu lado e, principalmente, conseguir passar a ela a sensação de proteção. Assim, ao ir a um evento, caso o homem esteja trajando jeans e chinelo, não fará diferença para ela, desde que esteja linda, já que o que vale para ela é que os outros a vejam maravilhosa, para que ela mesma se sinta bem. É o tradicional caso que costumamos dizer de que ele é apenas o “polenta”, pois sua única função é acompanhá-la.
Ainda que existam esses três grupos de pessoas e que cada um de nós faça parte de um deles, é possível que, em momentos específicos, nosso estado de espírito esteja mais propenso a outro, por exemplo: posso ser uma pessoa visual, mas devido a uma situação de grande alegria, como o nascimento de um filho, estou em um momento sinestésico, onde as emoções podem me tocar muito mais do que as imagens. Por isso, é importante conseguir reconhecer qual o estado da pessoa naquele determinado momento.